Sobre a equipe

Jonna Katto é investigadora em Estudos Culturais. Anteriormente, foi investigadora em pós-doutoramento em Estudos Africanos na Universidade de Helsínquia (Finlândia) e na Universidade de Ghent (Bélgica). Durante este período, também foi pesquisadora afiliada no Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane. Autora de Women’s Lived Landscapes of War and Liberation in Mozambique: Bodily Memory and the Gendered Aesthetics of Belonging (Routledge, 2019), tem escrito também sobre o papel das emoções na narração histórica e a estética sensorial das memórias sobre comida. A sua pesquisa atual foca-se na investigação do tempo e da mudança nas histórias do género em África, especialmente em como o passado mais remoto ecoa e é retrabalhado nos encontros com o presente promovidos pela história oral.

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Contato: jonna.katto@helsinki.fi


Helena Baide nasceu em Chiconono, no distrito de Muembe. Ela é neta do régulo Ce-N’tamila II. Durante a luta de libertação contra o colonialismo português, Helena trabalhou como soldada no Destacamento Feminino da FRELIMO. É membra fundadora da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), e ainda hoje participa ativamente no seu trabalho como membra de honra.

Helena sempre teve um grande interesse pela história e foi assim que começou a trabalhar com Jonna. Primeiro elas trabalharam na história da luta de libertação nacional, entrevistando membros do DF sobre as suas memórias históricas de vida. Depois disso, elas começaram a trabalhar sobre a história oral mais antiga, focando-se em figuras de autoridade feminina de um passado mais distante.


Domingos Aly é natural de N’kalapa, Distrito de Mavago. Professor de carreira desde 1991, trabalhou nas escolas secundárias Paulo Samuel Kankhomba e Cristiano Paulo Taimo, tendo lecionado as disciplinas: Desenho e Geometria Descritiva, Matemática e Física. A partir do ano de 2000, colabora no programa bilingue de produção de manuais de ensino, depois de haver concluído uma formação orientada pelo Professor Armindo S. A. Ngunga, em matéria de autoria e padronização da escrita em Ciyaawo. É coautor dos livros de alfabetização, “Naciloongola”, livro de leitura da 3ª Classe, e “Dilaanguka”, e teve participações na tradução e adaptação de manuais de Matemática e Ciências Naturais, bem como manuais dos professores. O seu nome literário é “Asimudiile Ali”.

“Confesso que numa primeira fase decidi abraçar o Projeto GENHIS-AFRICA por interesse meramente material. Mas depois que tive a oportunidade de ouvir as entrevistas o meu pensamento mudou e considero agora que foi uma oportunidade soberana de conhecer a história do meu Povo, da qual tenho profunda admiração.”